09/07/2011

A HISTÓRIA DA BELEZA E DA ESTÉTICA (PARTE 1)

Todas as pesquisas históricas apontam os helênicos, nome inicial dado aos membros da antiga civilização clássica grega, como sendo os primeiros a estabelecerem o conceito de belo, como referencial de sua prática político-filosófica. De fato, esse era um aspecto de relevante importância para a vida humana, do modo como eles concebiam.

Diversas locuções gregas tais como estética (do grego aisthetike, “sensibilidade”), criação (poiesis), arte/técnica (techne), prática (praxis) e perfeição (kalos kai agathos, “tão belo quanto bom”), permeiam diversos temas filosóficos de um modo geral excetuando-se, os da Idade Média, e os de alguns teóricos formalistas, de onde pode-se deduzir e confirmar a insuperável contribuição clássica grega no campo do pensamento estético

É raro encontrarmos um pensador que não reconheça a importância do estudo do belo para o entendimento do ser humano e sua inter-relação com o mundo. Entretanto, devido à dificuldade da definição da beleza, seus fundamentos e parâmetros observa-se, ao longo do tempo, um gradativo esvaziamento da estética, sobretudo no período saudosista pós-moderno.

Não obstante, ainda assim o ser humano sempre conviverá com sua noção intuitiva do belo, mesmo que profundamente questionável, face à manipulação contemporânea do pensamento através dos meios de comunicação de massa.

No Egito antigo a preocupação com a pele, cabelo, aroma e outros artefatos da beleza, motivaram o surgimento do estudo dos cosméticos.

Fatores como clima severo, ensolarado e seco, que prejudicavam a pele e o cabelo dos egípcios, motivaram a arte da perfumaria e do cosmético. O uso de perfume e cosmético foi registrado a 4.000 a.C no Egito no período dinásticos.

Foram formulados pelos Egípcios os pós, óleos de perfumes ungüentos complexos criados de plantas e cosméticos para pintura da face, “substâncias preciosas”como eram conhecidas, ficavam condicionadas em recipientes de pedra mármore e alabastro.

Os cultos aos Deuses e Deusas levaram os Egípcios a criação de templos sagrados, junto com os locais sagrados foram construídos, laboratórios de perfumaria e cosméticos, chamados de “quartos especiais” reservados para a fabricação de preparações perfumadas sagradas. Nestes laboratórios também eram formulados aromas perfumados e cosméticos para a elite da sociedade egípcia e também para o povo.

A prática de higiene dos egípcios era muito grande, ungiam o corpo com óleos perfumados e tomavam banhos aromáticos com freqüência.

As receitas das preparações de perfumes e cosméticos dos egípcios sobreviveram de fragmentos de papiros e templos em ruína, identificados e traduzidos por historiadores e escritores, Os ingredientes utilizados nas preparações aromáticas eram as gorduras animais, óleos vegetais, cera de abelha, leite, mel e plantas.

Uma das receitas decifrada de um dos papiros encontrados, dizia: “para remover as rugas, bastava misturar goma, cera de abelha, óleo vegetal e leite, aplicando na face por muitos dias”.

Os olhos dos egípcios eram pintados com uma coloração escura para protege-los das agressões solares e partículas de pó, esta pintura, pasta de malachite verde ou jaspe misturada com água e gordura, galena e lazuli de lápis, também poderiam fazer parte do produto (kohl). A substância era armazenada em tubos e com uma varinha era aplicado ao redor dos olhos, semelhante ao delineador atual.