24/05/2009

RECONSTRUÇÃO DOS FIOS DE CABELO

HISTÓRIA DA MAQUIAGEM





A história da maquilagem (ou maquiagem) começa no antigo Egito, onde os faraós pintavam os olhos para que evitasse que as pessoas olhassem-no diretamente, era um símbolo político de respeito. Mais ou menos na mesma época, Cleópatra já usava pó khol nas pálpebras, assim como tomava banho de leite e usava argila no rosto. Passando para Roma, as mulheres usavam máscaras de farinha, miolo de pão e leite durante a noite sobre o rosto para melhorar a pele.Conta a lenda que Psyché foi buscar no inferno o segredo da pele branca da deusa Vênus, trazendo a cerusa, ou alvaiade, para compor suas fórmulas mágicas. Até a Renascença italiana esse mesmo alvaiade era usado durante o dia pelas lindas mulheres nobres, que à noite cobriam suas faces com emplastros de vitelo crú molhado no leite afim de minimizar os efeitos nocivos causados pelo alvaiade. O Kama Sutra, escrito entre os séculos I e IV, define a mulher ideal como Padmini, aquela que tem "...a pele fina, macia e clara como o lótus amarelo..." No Japão, do século IX ao XII, período de Heian, a valorização da pele branca era regra geral. Para obter a aparência extremamente clara as mulheres aplicavam um pó espesso e argiloso feito de farinha de arroz, chamado oshiroi. Depois passaram também à usar o beni, pasta feita do extrato de açafrão, para colorir as maçãs do rosto.Aproximadamente em 150AC o físico Galeno criou o 1o creme facial do mundo, adicionando água à cera de abelha e óleo de oliva. Mais tarde o óleo de amêndoas substituiu o azeite e a incorporação de bórax contribuiu para a formação da emulsão, minimizando o tempo de processo. Estava aí a primeira base para sustentar os pigmentos de dióxido de titânio e facilitar a aplicação na face; nascia a base cremosa facial.Propaganda enganosa X bruxaria No final do século XVIII, o Parlamento inglês recebeu a proposta de uma lei que tentava impor sobre as mulheres a mesma penalidade por adorno que era imposta por bruxaria. O termo desobrigava de suas responsabilidades os maridos que haviam casado com uma "máscara falsa": "Todas as mulheres que à partir deste ato tirarem vantagem, seduzirem ou atraírem ao matrimônio qualquer súdito de Sua Majestade por meio de perfumes, pinturas, cosméticos, loções, dentes artificiais, cabelo falso, lã de Espanha, espartilhos de ferro, armação para saias, sapatos altos ou anquilhas, ficam sujeitas à penalidade da lei que agora entra em vigor contra a bruxaria e contravenções semelhantes e que o casamento, se condenadas, seja anulado..." É hilária a carta publicada no jornal britânico The Spectator, no ano 1711, onde um marido aflito desabafa... "Senhor, estou pensando em largar minha mulher e acredito que quando o senhor considerar o meu caso, a sua opinião será a de que minhas pretensões ao divórcio são justas.Nunca um homem foi tão apaixonado como eu pela sua fronte, pescoço e braços alvos, assim como a cor azeviche de seus cabelos. Mas para meu espanto descobri que era tudo feito de arte: sua pele é tão opaca com esta prática, que quando acordou de manhã, mal parecia jovem o suficiente para ser mãe de quem levei para a cama na noite anterior. Tomarei a liberdade de deixá-la na primeira oportunidade, à menos que seu pai torne sua fortuna apropriada às suas verdadeiras , e não supostas, feições..." O rei Henrique VII mandava os pintores retratarem suas pretendentes matrimoniais, pedindo também às pessoas que cercavam a rapariga que respondessem um extenso questionário sobre a futura esposa.As instruções previam saber como era o rosto, se estava pintada e se havia algo "perto dos lábios", referindo-se ao uso de batons e brilhos. Elizabeth I, a rainha virgem, que assim ficou famosa por ter morrido sem se casar, usou até o final de seus dias as faces cobertas de branco, as maçãs pintadas com círculos vermelhos bem definidos e a cabeça coberta por uma peruca de cabelo ruivo e dourado.E a Vaidade Vence...Com a Segunda Guerra Mundial, as fábricas de cosméticos dão uma estacionada, pois toda a energia se concentrava para produção de armas, voltando-se então no século XVIII em que as mulheres mesmo preparavam seus produtos. Com o fim da guerra nos anos 50, a maquiagem volta com tudo, com o estilo fake – pele pálida, lábios realçados e olhar delineado. Os anos 60 é o auge, já que atinge por completo os jovens, fazendo com que a indústria se aprimorasse mais nas embalagens e estojos. Os anos 70, marcados pelo Disco, trazem a variedade de cores. Em 80, os pigmentos evoluíram, assim como o conceito de protetor solar e preocupação com o envelhecimento da pele. O primeiro estilista surgiu no século XIX, quando um verdadeiro artista traz uma nova fonte de prestígio à moda; Charles Frederick Worth abriu sua loja em Paris em 1858, para vender modelos de casacos e sedas de primeira classe. A imperatriz Eugénie, esposa de Napoleão III era sua mais famosa cliente. Em 1885 é fundada a Chambre Syndicale de la Couture Parisienne, regulamentando a arte da alta costura. Paul Poiret, Madeleine Vionnet, Coco Chanel, Christian Dior, Cristóbal Balenciaga, Hubert Givenchy são alguns dos nomes que mudaram a história da moda no mundo, causando a necessidade de uma mudança de patamar na indústria de produtos para maquilagem.Durante os 100 anos seguintes Paris firmou-se como autoridade em moda, trazendo para o mundo da maquilagem um novo alento. Podemos dizer que a popularização da moda aconteceu em 1892, com o lançamento da revista Vogue, tendo em seus primeiros números personalidades como Gertrude Vanderbilt Whitney, vestindo suas próprias roupas. Quando Condé Nasta comprou a revista, em 1909, a publicação passa à ter um enfoque mais atraente, mostrando objetos do desejo para todas as mulheres.É somente no século XX, com os avanços da indústria química fina, que os cosméticos se tornam produtos de uso geral. Em 1921, Paris é palco de uma verdadeira revolução na história do batom; é primeira vez que um produto desta categoria é embalado num tubo e vendido em cartucho. O sucesso é tal que em 1930 os estojos de batom dominam o mercado americano, trazendo uma nova fase para o desenvolvimento destas formulações. A morena Marilyn Monroe usava maquilagem clara e pintava lábios vermelhos intensos, atraindo e intensificando sua feminilidade.O maquilador americano Kevyn Aucoin conta que em 1967, ainda criança, quando confundiu a maquilagem branca -rosada intensa de uma vendedora de cosméticos com a aparência deixada pela aplicação de loção de calamina. Esta mistura de óxido de ferro vermelho e óxido de zinco era muito usada, na época, para aliviar o desconforto causado por picadas de insetos. A ingenuidade de Kevyn levou-o à comentar com a moça o quanto ele estava penalizado por sua dor! Como resposta deparou-se com um silêncio sepulcral, que só foi entendido pelo menino quando sua mãe, já a caminho de casa explicou que se tratava de maquilagem e não remédio... Na década de 70 as cores de maquilagem tornaram-se populares, acompanhando as coleções de alta-costura francesa, italiana e inglesa.Cada vez que um grande costureiro lançava uma nova coleção de cores e formas para as roupas, lá vinha um tom de sombra específico para os olhos, uma nova cor de boca. Dior, Chanel, Yves Saint Laurent e todos os grandes fabricantes ousavam e enchiam os olhos das mulheres de todo o mundo com suas criações cada vez mais tentadoras. E é no final da década de 80 que entram em lançamento as fórmulas evoluídas para cosméticos pigmentados. Às beiras do novo milênio finalmente entram em cena fórmulas baseadas em tecnologia de vanguarda, cujo uso garante propriedades bem interessantes para nossa beleza, como proteção solar, umectação e controle do envelhecimento da pele.Nos anos 90 a era do benefício visível ganha importância vital. A haute couture toma rumos inteligentes nesta nova era. Estilistas ingleses de vanguarda como John Galliano e Alexander McQueen vêm dar uma ventilada nas conservadoras Dior e Givenchy, alterando mais uma vez a história da moda & make-up. Hoje podemos nos beneficiar do produto que colore e trata a pele, limpa, perfuma e protege os cabelos, como nunca antes na história da humanidade. Yohji Yamamoto, Rei Kawakubo, Helmut Lang e Ann Demeulemeester apontam para uma nova era, a era da Beleza Inteligente, onde cada ser possa encontrar seu equilíbrio na roupa, no cheiro e na cor.Fonte: www.maquiagemfacil.com.brDe 2000 aos tempos atuais Fragmentos de todas as décadas passadas se misturam e contam um pouco da história da beleza feminina através dos tempos. Com a chegada do novo milênio, os diversos aspectos adotados pela beleza nos serviram de espelho. A aparência, em manifestações diversas e imagens extremas, refletiu os processos de transformação. Os dois últimos anos misturam todos os possíveis estilos de moda e maquiagem. Trazem a classe e a elegância do início do século, a delicadeza sexy dos anos 60, a irreverência dos anos 80 e a "apatia" em tom de protesto dos anos 90.

CURIOSIDADES SOBRE OS CABELOS

Os cabelos sempre se constituiram como excelente adorno do rosto, tidos historicamente para a mulher como símbolo de sedução e para o homem como demonstração de força. Afrodite cobria sua nudez com a loira cabeleira e Sansão derrotou os filisteus quando recuperou seus fios preciosos.Na Grécia antiga, ofertar as madeixas aos deuses representava um ato supremo, como se vê quando Berenice cortou seus cabelos e os ofereceu em sacrifício à Afrodite, para que seu marido Ptolomeu voltasse ileso da guerra da Síria.No Egito antigo os faraós tinham nas perucas formas de distinção social, enquanto que para os muçulmanos manter uma pequena mecha no alto da cabeça era o ponto para que Maomé os conduzisse ao paraiso. Na mitologia hindu os cabelos de Shiva mostram as direções do espaço e figuram em todo o universo.Desde os escalpos indígenas até os cabelos das mulheres acusadas de ligação com as tropas alemãs da 2a guerra mundial, a cabeleira dos vencidos foi sempre exibida como troféu.Por outro lado, enquanto os cabelos estiveram associados à idéia de força e beleza,a calvície ficou ligada ao conceito de sabedoria. Assim, os sacerdotes egípcios tinham a cabeça raspada como símbolo de desapego. Sócrates orgulhava-se da sua falta de cabelos dizendo: “Mato não cresce em ruas ativas!”. Mas foi Hipócrates, também um calvo célebre, quem estudou pioneiramente a alopécia relacionando-a à outras caracteristicas físicas. O swami Pandarana Sannahdi , do mosteiro de Madras, na Índia, tinha em 1949, uma cabeleira de 7,92 metros de comprimento! Na França, o Rei Sol Luiz XIV usava diariamente uma peruca para cobrir sua cabeça. A Grécia Antiga era requintada em ideais de beleza e de perfeição corporal.Os cabelos em particular tiveram o privilégio de um espaço próprio, os salões de cabeleireiro. Um mergulho na história à profundidade do Séc. II AC, ao encontro das raízes mais profundas da Grécia antiga.Pela criatividade dos gregos surgiram os salões de cabeleireiro. Pelo menos é o que diz a História, apesar da origem e do espaço dedicado à beleza capilar passar quase despercebida por entre os profissionais cabeleireiros.Os achados arqueológicos transportam testemunhos preciosos, as estátuas gregas, as pinturas expostas nos museus e as coleções privadas são provas dos ideais da época.Na Grécia Antiga os penteados ostentavam algumas sobriedades e fantasias prevalecendo os cabelos louros, frisados, com caracóis estreitos e discretos com franjas em espiral, que com o tempo foram esquecidas, por influência de um Oriente próximo. Esta imagem quase utópica é particularmente visível nas principais divindades da mitologia grega, que assumiam um ideal de beleza e perfeição corporal.O brilho dos interpretes míticos evocados num grande registro literário, a Odisséia, é refletido na preocupação estética dos cidadãos gregos a importância da aparência levou à necessidade em criar um espaço adequado para o tratamento de beleza e do tratamento capilar, e desta forma que surgiram os primeiros salões de cabeleireiro (koureia), em Atenas, construídos sobre a praça pública, o Ágora. Os cabelos eram perfumados com óleos raros e preciosos, matizados com tons tintos ou descolorados, uma vez que a cor mais em voga era loura.Alguns penteados eram completados por falsos cabelos ou mesmo encobertos por perucas. Os calvos, porém procuram cabelos artificiais e cabeleiras. Os homens pertencentes à nobreza e os próprios guerreiros apresentavam cabelos compridos, um punhado de cabelo era sustentado por uma faixa, vulgarmente designado por crobylos. Os adolescentes copiavam os penteados de Apolo e Arquimedes, enquanto que os velhos e filósofos usavam cabelos longos e barbas densas, como símbolo de sabedoria.Condecorações e correntes acompanhavam por vezes os penteados masculinos. As barbas e bigodes eram cortados com ponta de lança, à imagem de uma sociedade de gladiadores. Os escravos, que não se distinguiam dos homens livres, apresentavam cabelos curtos e lisos, não se permitindo barbas nem bigodes.Quanto aos penteados femininos, utilizavam-se faixas e laços por cima dos cabelos lisos compridos. Mais tarde, a moda lançou os caracóis e os rolos de cabelos. Os penteados eram enriquecidos com pentes fiados em bronze ou marfim.Além dessa grande invenção grega, que foram os salões de cabeleireiro, a profissão de barbeiro ficou também célebre. Sem dúvida, pelas mãos dos gregos abriram-se portas ao mundo mágico do cabeleireiro, revelando que estes são os melhores profissionais para cuidarem da nossa imagem, particularmente dos nossos cabelos.Cabelos viraram objeto de estudo e suas formas ganham o status de design. Duas exposições internacionais, com grande sucesso de público, comprovam uma verdade admitida somente na frente do espelho: homens e mulheres, de todas as idades, se preocupam muito com as madeixas. E não é de hoje.A mostra francesa Le Cheveu se Décode (O Cabelo se Decodifica) traça uma história dos cabelos, a evolução dos penteados através dos tempos e a trilha de avanços científicos para tratamento capilar.As celebridades sempre influenciaram as pessoas, nos anos 70, legiões de mulheres copiaram o cabelo cortado em camadas de Farrah Fawcett, então uma das atrizes mais glamourosas da televisão. Outras, no mesmo período, mais sintonizadas com o feminismo e as manifestações contra a Guerra no Vietnã, radicalizaram ao repicar as madeixas. Mulheres despediram-se dos bóbis e abraçaram o visual. Na década de 60, também a pedido de nomes consagrados da alta-costura, os cabeleireiros inventaram o corte ‘joãozinho’, supercurto, celebrizado pela modelo inglesa Twiggy. Nascia, assim, o visual baby face, imitado pela atriz Mia Farrow, nos Estados Unidos, e por Elis Regina, no Brasil.